Sente Dor no Joelho e ainda não sabe o que é?

A dor no joelho é uma queixa muito comum, principalmente entre pessoas a partir dos 40 anos. Ela pode surgir de forma súbita após um movimento errado, ou evoluir aos poucos, tornando-se constante ao longo dos meses. O que muitos pacientes não sabem é que esse sintoma, aparentemente simples, pode ter diversas causas — e entender exatamente o que está provocando a dor é o primeiro passo para um tratamento eficaz.

Se você sente dor ao subir escadas, caminhar, agachar, levantar da cama ou até mesmo ao ficar muito tempo parado, é importante investigar. Algumas pessoas acham que a dor é “normal” da idade, ou resultado de cansaço, e acabam se automedicando ou adiando a consulta. Mas ignorar os sinais do corpo pode agravar o problema e tornar a recuperação mais difícil.

Entre as causas mais comuns de dor no joelho estão:

• Artrose: desgaste progressivo da cartilagem, que causa dor, rigidez e, em fases avançadas, deformidade;
• Lesões meniscais: rompimentos do menisco, que geram dor localizada, estalos e, às vezes, travamento da articulação;
• Tendinites e bursites: inflamações nos tendões ou bursas que podem surgir por sobrecarga ou esforço repetitivo;
• Condromalácia patelar: desgaste da cartilagem atrás da patela, muito comum em mulheres e pessoas que treinam com impacto;
• Lesões ligamentares: como do ligamento cruzado anterior (LCA), que geram instabilidade e sensação de falseio;
• Síndrome do trato iliotibial ou desalinhamentos: especialmente em corredores, causando dor lateral no joelho;
• Alterações na pisada e no eixo do membro inferior, que provocam sobrecarga na articulação.

Diante de tantas possibilidades, o papel do ortopedista especialista em joelho é identificar, com precisão, a origem da dor. A consulta médica envolve um exame físico detalhado, avaliação da marcha, testes de mobilidade e estabilidade, além de exames de imagem como raio-X, ultrassonografia ou ressonância magnética, quando necessário.

É comum que o paciente chegue ao consultório sem saber o que tem, apenas relatando dor e dificuldade para realizar atividades cotidianas. Em muitos casos, com o diagnóstico correto, o tratamento pode ser simples e eficaz, evitando progressão para quadros mais graves.

O tratamento varia conforme o diagnóstico, podendo incluir:

• Fisioterapia personalizada;
• Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios (por curto período);
• Infiltrações articulares (como ácido hialurônico ou corticoides);
• Reeducação postural e mudanças na rotina de exercícios;
• Cirurgia, em casos específicos, quando há falha do tratamento conservador.

É importante ressaltar que nem toda dor precisa de cirurgia. Pelo contrário: a grande maioria dos casos pode ser tratada de forma não invasiva, com ótimos resultados. O segredo está em agir cedo — quanto antes o problema for identificado, maior a chance de recuperação completa.

Outro ponto fundamental é considerar o estilo de vida do paciente. Um plano de tratamento individualizado, que leve em conta o nível de atividade física, idade, histórico clínico e metas pessoais, oferece melhores resultados e evita recaídas.

Se você sente dor no joelho há mais de duas semanas, ou se a dor interfere no seu dia a dia, não espere mais. Agendar uma avaliação com um especialista é um investimento na sua saúde, no seu conforto e na sua liberdade de movimento. Afinal, viver bem é também poder se movimentar sem dor.